Na última terça-feira, dia 06/07, saiu a seguinte nota na coluna De Prima, do Jornal Lance!:


O presidente do Conselho Deliberativo do Botafogo, Luiz Eduardo Vaz Miranda, afirma que as notícias que saíram veiculadas sobre Bebeto de Freitas foram exageradas. Segundo ele, não houve roubo ou desvio dos cofres do clube na sua gestão.
A soma de R$ 1,5 milhão era devida a um contador, contratado por três anos, mas houve problema de notas fiscais (algumas eram de outra empresa de contabilidade) e antecipação de parcelas, além de pagamento de 13º a pessoa jurídica. Miranda também desconfia que o 'incêndio' na mídia foi obra de um conselheiro opositor de Bebeto, mas não quis revelar o nome.


É difícil entender as razões que levam, após tanto tempo (um mês), voltarem a esse assunto. O estrago já foi feito, pois o "julgamento" público do ex-presidente já foi realizado. E a nota não altera em nada essa situação, apenas trás à tona o caso, não suaviza a situação, como parece ser a intenção do presidente do Conselho Deliberativo ao dizer que as notícias foram "exageradas".


Claro que o jornalista podia ter essa informação na manga para soltar em um momento mais oportuno. Porém, não acredito nessa hipótese pois as notícias políticas de outros clubes continuarem a aparecer normalmente na coluna.

Seria muito mais útil aos sócios e torcedores do Botafogo se o presidente informasse o que está sendo feito, se o Bebeto, Rotemberg, Montenegro, Renha, Good e o Washington (contador) já foram chamados para dar explicações. Embora eu acredite que vão apenas envolver o Bebeto, o contador e, talvez, o Good por ter sido o vice financeiro.

O caso está nas mãos da Comissão de Constituição e Justiça que decidirá quem será ouvido e as punições, se houver. Eles podem, também, encaminhar o caso à Justiça e ao Ministério Público.

Espero, realmente, que o presidente do Conselho não esteja colaborando com o "Nero alvinegro". É bom lembrar que o Luiz Eduardo é indicação política do Montenegro da segunda gestão do Bebeto e seu nome gerou muitas críticas no Conselho, pois não era um nome conhecido.

Para finalizar, Luiz Eduardo poderia, também, colocar em votação a ata da reunião que decidiu pela não-aprovação das contas de 2002, último ano da gestão de Mauro Ney. A votação ocorreu em 2006, já sob a Presidência de Luiz Eduardo, só que até hoje a pauta não foi votada pelo Conselho, o que impediu o seu envio para a Comissão de Constituição e Justiça.

Enfim, há muito ruído nessa história. Mas espero, sinceramente, que a investigação seja ampla e possa abranger todos os envolvidos, em todas as épocas.

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"A noite em que os número foram estrelas" (09/06/2010)

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