Motivos para criticar algo ou alguém sempre existirão, tudo depende de como você quer ver o alvo. Depende, também e principalmente, do seu papel em relação ao objeto da crítica.

Pior é que, ao fazê-la, você se tornará alvo daqueles que se colocam no seu lugar - o que é um erro grave. Não entender que cada um tem o seu papel e uma visão de mundo é fruto da ignorância. E estas pessoas irão fazer de tudo para que você se junte a elas.

Reforçando para ficar claro: o problema não é criticar a crítica, mas, sim, querer impedi-la achando que todos devem ter o mesmo entendimento.

É daí que nasce o aplauso absoluto acompanhado de um largo sorriso e o sonho de um futuro melhor.

Na verdade, então, o crítico e o aplaudinte absoluto têm o mesmo objetivo; a diferença é que um ainda não colocou os pés no chão.

Há, também, o entusiasta balancista, que parece achar que atos do poder são como um balanço de empresas, uma coisa negativa anula uma positiva. Como se um na construção de um estádio fosse compensado pela criação de um posto de saúde.

Não há ato compensatório. Ou, mesmo que não ocorra o ilícito, toda ação tem peso distinto. E, sendo assim, reações e importâncias diferentes.

Criticar e apontar os erros, uma parte importante e fundamental do papel da imprensa não tem a mesma importância de governar. Mas nem por isso deixa de ser fundamental.

Não entender isso é continuar ignorando o despertador. E isso não ajuda nada.

Foto por: United Nations Photo